sexta-feira, 29 de junho de 2012

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INT. PALCO DE UM TEATRO 
Com muita elegância 3 bailarinas de balé infantil entram em cena em um teatro escolar. Já posicionadas no palco as 3 meninas começam a dançar. Atrás da cena, escondida trás uma cortina, encontra-se uma menina loira, baixa e magra. É a Begina, uma morte criança que seguindo sua personalidade caprichosa, quer entrar na apresentação sem ser parte dela. Ela afasta um pouco a cortina usando a sua foice e através dessa fresta, observa com muita ambição o lugar que ela quer ocupar dentro do palco. Aquele lugar encontra-se na frente do palco, iluminado por uma luz branca como se fosse uma luz  ̈divino ̈. As bailarinas seguindo a coreografia saem do palco e Begina aproveita para entrar em cena, dançando de maneira improvisada. Tenta chegar na frente mas as bailarinas entram de novo em cena e sem reparar na presença da Be- gina continuam sua coreografia e tapam-lhe. Begina trata de tentar sobressair e dá um passo ao seu lado direto... ...as bailarinas dão um passo ao lado direito também e novamente a escondem. Begina tenta de novo dando outro passo, mas agora para o lado esquerdo... ...as bailarinas dão um passo ao lado esquerdo também e o mesmo acontece... Triste, a Begina olha entre as bailarinas, seu lugar desejado no palco. A expressão do seu rosto muda: seus olhos se fecham como se ela quisesse focar mentalmente em sua meta. Decidida a atravessar aquela barreira, Begina se prepara fisicamente: se estica alongando suas mãos e braços como se fosse uma atleta. Faz uma arco com as mãos sobre a cabeça e se põe nas pontas dos pés. As três bailarinas estão na frente e só se consegue ver um pou- co das mãos da Begina, que é mais baixa e mais nova que as demais. As duas bailarina que estão no extremo dão vários passos em diagonal para a frente. Deixando atrás a bailarina do centro. A Begina que se encontrava atrás da bailarina da esquerda fica livre, fecha seus olhos e começa a dançar dando um passo na frente. Estica seus braços para os lados golpeando a bailarina que ficou no centro. Continua avançando até chegar perto da outras duas bailarinas que ainda não repararam na presença dela. Begina ainda com seus olhos fechados chega no centro girando, dá um passo para o lado e empurra a bailarina da direita. Continua girando e dançando para o lado onde se encontra a outra bailarina, que está em posição de arabesco e a empurra também. A música termina. Com os olhos fechados e as mãos esticadas sobre sua cabeça a Begina termina de dan- çar. Ela não se mexe, um segundo de silêncio, nada acontece, ninguém bate palmas. Begina abre um olho, abre outro. Mexe sua cabeça para direita... para esquerda. Olha para frente com expressão de surpresa. Escuta um bebê chorando no público. No chão, encontram-se deitadas (por não falar de mortas) as demais bailarinas Begina, sorri.






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